domingo, 27 de agosto de 2017

Eucanaã Ferraz, "Dor"


Amor desfeito.
Do vento mais suave

(arrastamos nosso corpo
para fora, para a hora

de partir) o movimento mínimo
fere nosso rosto

e o silêncio semelha o dente de um ácido
sombrio sobre nosso ferimento,

ainda tão recente,
cintilante.

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